Diogo Spúlveda – Tem uma cor ainda bastante jovem para um vinho que já está na garrafa há alguns anos. Os aromas começam a aparecer pelo lado da fruta típica do Douro, fruta preta e do bosque muito fina e delicada; surgem depois as notas arbustivas, com alguma caruma, esteva e alfazema. A madeira está muito suave, claramente bem integrada. Na boca, tem uma profundidade inacreditável. Continua a ser um ex-libris do Douro. É obviamente um vinho para deixar envelhecer, que eu beberia daqui a uns anos com uma carne maturada mal passada. Luis Cabral de Almeida – O vinho tem 9 anos, mas a cor impressiona pela sua juventude e põe-nos logo alerta para o que vamos provar. Tem um nariz convidativo, que nos leva a tentar descobrir todas as suas camadas, desde a fruta preta, cereja, arbustos da serra, alguma caixa de charutos, sous bois ou o cacau, num conjunto de enorme complexidade. Na boca mostra ainda maior grandeza, com volume, taninos presentes mas muito elegantes, bem acompanhados por uma acidez excelente. Bebia-o com uma posta à mirandesa.